Para quem tem estado atento à imagem do livro que vou mudando aqui ao lado consoante vou lendo, deve ter reparado que tenho andado a ler a Trilogia Irlandesa, da Nora Roberts, que serviu para me despertar do meu "pasmo literário". Não li assim num tempo record mas em menos de um mês li 3 livros com quase 300 páginas, logo, é um grande achado para quem estava a ler 60 em 2 meses.
Eu sempre gostei de trilogias, pela sensação de continuídade que nos dão, a evolução das personagens ao longo dos livros, a relação entre elas e se há coisa que a Nora faz bem, é isso. Achei que talvez fosse o que estava a precisar de momento e pareceu bem.
Esta é a primeira trilogia que leio passada na Irlanda. Tal como eu já tinha ouvido várias pessoas que as tinham lido comentar, é notável a grande paixão e admiração que a Nora tem pela Irlanda e por isso mesmo a descreve de uma forma que qualquer pessoa tem vontade de lá viver, ou pelo menos de lá ir fazer uma visita. Ela descreve a Irlanda como um sítio pacato, lindo e repleto de magia, o que se verifica nas duas trilogias, ainda que de forma um pouco diferente. Enquanto nas 3 irmãs estamos a falar de bruxas, encantamentos, etc., nesta falamos de lendas, fadas, encantamentos também, mas resumindo, tudo muito mágico.
Obviamente que eu procuro sempre ver a coisa pelo lado mais prático, talvez porque eu prefiro não acreditar "nessas coisas", como os personagens "estrangeiros" do livro também faziam e como penso que muita gente faz. Prefiro por isso pensar que mais uma vez o amor, seja a que nível for, é capaz de ultrapassar tudo e todos e apesar de não ser o remédio para todos os males, ajuda a vencer muitos.
Quanto aos livros e às personagens em si, não consigo assim escolher um que prefira. Apesar dos homens serem todos um bocado obtusos e não verem um palmo à frente dos olhos no que diz respeito ao amor, especialmente o Shawn, gostei também bastante do Aidan. Não sei porquê, mas prefiro sempre as personagens do primeiro livro das trilogias do que as outras...
Também gostei bastante da Brenna por ser uma mulher forte e especialmente que recebia o reconhecimento que merecia pelo seu trabalho, sem ser discriminada por ser mulher.
Quanto à Darcy, gostei da personalidade forte dela mas aquele desejo de riqueza e aquela confiança excessiva por vezes já me começavam a irritar um bocadinho...
Gostei também dos fantasmas, da Lady Gwen, sempre muito triste na sua solidão e o Princípe Carrick, sempre orgulho e muito senhor de si. A interação deles com os mortais era sempre engraçada.
Aconselho a ler, especialmente a quem gosta de contos com fadas e princípes, mas também para quem acredita que o amor vence tudo, mesmo para além da vida.
Classificação: 8 - Muito Bom
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