sexta-feira, 11 de março de 2011

Dance with the Devil/Dança com o Diabo - Comentário

Este é o 4º livro da Série Dark-Hunters e a leitura dele foi um bocado diferente das anteriores. Tal como já vos tinha dito aqui, tinha este livro em inglês e em português e li no primeiro com consulta do segundo, sempre que necessário.
Claro que ao início, havia várias palavras que não conhecia. Umas que fixei logo e outras que por muito que as visse, quando cheguei ao fim do livro, continuava a não me lembrar o que queriam dizer se não as visse incluídas na frase. Ainda assim, não tive dificuldade a ler o livro e li-o tão "rápido" como teria lido um em PT.

Passando então à história, neste livro a SK fala-nos de um personagem que já tinha sido apresentado no livro anterior: Zarek. Um dos mais temidos predadores da noite, Zarek foi exilado para o Alaska há muitos anos, como castigo por um crime de que era acusado e do qual sempre se convenceu que era culpado, mantido longe de tudo e de todos, inclusivamente, dos seus colegas.
Por um último acontecimento que correu mal (falado no último livro), Zarek foi então condenado à morte. Acheron que, apesar de tudo, o entendia melhor que qualquer outra pessoa, não se conformou com a decisão de Ártemis e obrigou-a a dar-lhe uma hipótese de ser submetido a um último julgamento antes de ser executado. Apesar de não gostar, Ártemis deu essa hipótese a Zarek que teria que convencer uma semi-deusa de que era inocente e dessa forma escapar ao seu destino.
Astrid, era uma semi-deusa do Olimpo (ou ninfa) que durante toda a sua vida julgou pessoas e era conhecida por nunca ter absolvido ninguém. Sendo a irmã mais nova das Parcas, o percurso para a absolvição de Zarek não se avizinhava nada famoso... Com uma ideia pré-concebida da pessoa que era Zarek, Astrid foi para a terra para o julgar e para que pudesse ser o mais imparcial possível, abdicou da sua visão, para que o aspecto exterior dele não pudesse ser uma influência. Para a ajudar, tinha o seu companheiro Sasha, um predador do homem que se transformava em lobo e que era como o seu "animal de estimação".
Ao invés de ser Zarek a tentar convencer Astrid de que era inocente, foi precisamente o contrário. Habituado a uma vida inteira e longa de sofrimento e de ser tratado pior que um animal, era dificil para Zarek aceitar algo bom de alguém, mesmo que isso fosse o que mais quisesse na vida.

Gostei de ler o livro mas tal como já me aconteceu no anterior, parece que tenho vindo a gostar cada vez menos deles. Gosto de ler sagas precisamente pelo seguimento que algumas personagens têm nos vários livros e neste caso, apesar da história daquelas personagens que aparecem sempre (Acheron, Ártemis, etc.) se ir desenvolvendo, parece que falta qualquer coisa para entusiasmar mais.
Apesar de tudo gostei da história, que se centra maioritariamente no sofrimento sobre-humano, fisíco e psicológico, que uma pessoa consegue aguentar e as motivações para continuar a querer viver.
Gostei especialmente do final que, como é óbvio, tem happy-ending. É bom pensar que na vida real talvez haja pessoas que consigam alcançar a sua merecida felicidade, depois de tanto sofrimento.

Deixei este comentário para o fim, porque na realidade não é sobre a história mas sobre o livro em português. Uma vez que me socorria várias vezes dele, especialmente ao ínicio, reparei que a sua tradução estava má, bastante má. Não só havia traduções à letra (muitas delas que nem eu traduziria assim e não sou tradutora) e pior que isso, linhas/parágrafos cortados. Reparei nisso porque normalmente acontecia em frases em que eu não conseguia perceber bem o sentido da frase e qual não foi o meu espanto quando vejo que na tradução, pura e simplesmente, também não tinham colocado a frase.
Eu não gosto de falar mal do trabalho dos outros mas o que é certo é que as traduções dos livros que tenho lido editados pela SDE (e estou apenas a falar de NR, J.D.Robb e SK) tem estado miseráveis nos últimos tempos. Ainda assim, deixa-me mais descansada saber que a editora tem estado a fazer esforços para melhorar esta situação, passando mesmo pela substituição dos tradutores e revisores.
Vou continuar a ler a série em Inglês. Já tenho os próximos 2 livros mas resolvi fazer uma pausazinha do inglês para descansar "as vistas" e a "lingua". Não foi o facto da má tradução dos livros em PT que me fez optar por esta solução (apesar de ter ajudado) mas sim por os livros originais serem mais baratos (ainda que eu esteja a comprar a versão paperback que não tem tanta qualidade) e porque a série já está muito mais à frente.

Classificação: 7 Bom

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