quarta-feira, 3 de junho de 2009

A Avó Dan - Comentário

O prólogo do livro passa-se em 1999, tal como o epílogo, quando a neta da Avó Dan recebe uma caixa com pertences seus e que a fazem pensar que a avó foi mais do que a senhora já idosa da qual ela sempre se lembra. Nesta caixa, existem elementos que a vão ajudar a conhecer a sua avó numa época em que era jovem, por volta de 1915 e anos seguintes, na Rússia.
Danina Petroskava (a avó Dan) era filha de um oficial de regimento, juntamente com os seus 4 irmãos mais velhos, cuja mãe morreu quando Danina tinha apenas 5 anos.
Não sabendo como cuidar de uma criança, ainda por cima mulher, o pai de Danina colocou-a numa escola de bailado, onde ficou desde os 7 anos de idade, ao cuidado de Madame Markova, uma professora não muito simpática e bastante exigente. Até aos 20 anos foi aprendendo e aprimorando todas as técnicas de bailado de umas forma tão exaustiva que practicamente nem conhecia o mundo exterior.
Foi então nesta altura que um surto de gripe apanhou várias pessoas, incluindo Danina. Esta esteve vários meses em convalescença, sob os cuidados médicos do Dr. Nicholay Obrajensky, também médico da família imperial dos czares da Rússia. Parte da convalescença deu-se precisamente em território dos czares, que se tornaram muito amigos de Danina e que tinham muita estima também pelo médico.
O Dr. Nicholay Obrajensky era casado com uma mulher inglesa e com 2 filhos adolescentes, mas um casamento que já nada tinha a dar-lhe e que o estava a tornar infeliz. A pouco e pouco, começou a gostar cada vez mais de estar perto de Danina, que também gostava muito da sua companhia, e começou a crescer uma grande amizade que se transformou num grande amor. Um amor proibido, tanto do lado de Danina porque seria incompativel com a sua carreira de bailarina que ela não queria nem podia deixar, e para Nicholay porque era casado e não podia abandonar a sua família.
O resto do livro conta-nos então o desenvolvimento desta relação e todo o esforço que as 2 personagens fizeram para que o seu amor não morresse e pudessem ficar juntos para sempre.

Já há algum tempo que não lia livros da Danielle Steel precisamente porque não andava numa onda de histórias dramáticas, apesar de a minha maior dificuldade a ler este livro não se tenha prendido por isso mas sim pelo (pequeno) tamanho de letra com que foi escrito e ao qual eu já não estava habituada. A idade não perdoa...
Confesso que ao ínicio não me despertou grande interesse, especialmente até perceber que o livro se ia passar todo enquanto Danina ou a avó Dan era jovem. Foi uma história algo intensa (o que já não é surpresa nestes livros) de amizade e amor eternos, que atravessam todos os tempos e que põe de lado aquela frase: até que a morte nos separe...

Para quem gosta do tipo, aconselho a ler, apesar de que se não o tiverem, já deverá ser muito difícil de encontrar uma vez que já saiu à muito tempo.

Classificação: 7 - Bom

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